Você Pensa Como Você Mesmo?
Somos um acúmulo de valores, que desde muito cedo nos ditam
regras. Valores nos quais somos educados desde muito cedo e que nos
influenciarão.
Mas, será que eles não devem ser questionados? Como são
adquiridos, claro que devem. Tomando consciência de cada um e a maneira que nos
conduzem, podemos mudá-los.
Eu sou eu ou sou os valores de outras pessoas? Aquele preconceito
lá no fundinho de mim é meu mesmo ou nem sei por que o tenho? Repito falas
prontas por que concordo com elas ou por que fui condicionada a repeti-las sem
questionar?
Sabe aquela história de que é assim que tem que ser e eu não sei porque,
mas repito? Então... Nesse momento será que penso como eu mesma?
Tenho ouvido muitas críticas às músicas que ecoam alto nas ruas e
fico pensando se eu morasse onde estas nasceram, se não seriam parte de mim.
A transexualidade que vem para derrubar o eixo binário homem e
mulher, não poderia ser vista de uma outra maneira se eu tirasse aquelas lentes
que me foram colocadas através dos valores que me ensinaram?
A própria condição de mulher, onde ainda é sofrível, devido ao
reinante machismo. Quer um exemplo? Homem bêbado pode ser mega divertido,
porque homem é assim mesmo: gosta de uma cervejinha. E mulher bêbada? Ah! Que
coisa horrível! Isso é sinal de vadiagem, de que está se oferecendo para sexo,
de que não tem vergonha. Valores. Valores ultrapassados, e não estou defendendo
o alcoolismo, que vem lá da época de nossos bisavós, tataravós, quando a mulher
tinha que ser recatada e do lar, e que não podia se divertir.
Aliás, divertir é um vocábulo que mal cabe na vida das mulheres,
porque as obrigações vem sempre primeiro. Quando você viu uma mulher sair
sábado de manhã para bater uma bolinha com as amigas, depois tomar uma
cervejinha e só chegar em casa para o almoço que já deve estar pronto? Isso não
existe. Nem pensar. Sábado de manhã é dia de feira, de supermercado, de dar uma
geral na casa.
Hora de repensar nossos valores, de fazer um upgrade em nossa maneira de conceber a vida. E mãos à obra, vamos
revisar nossos valores e dar-lhes uma repaginada com a cara da pós-modernidade
para acompanhar esse mundão de tanta diversidade. “Bora” viver a alegria de
sermos quem somos.
Susana Alamy
Psicóloga Clínica e Hospitalar
psicologiahospitalar.net.br
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