quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

As três peneiras




AS TRÊS PENEIRAS

(Autoria atribuída a Sócrates)

Dona Flora foi transferida de seção na fábrica em que trabalhava. Para “fazer média” com o novo chefe, logo no primeiro dia, saiu-se com essa:

- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito da Zefinha...

Nem chegou a terminar a frase porque “seu” Lico aparteou:

- Espere um pouco, Dona Flora. O que vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Peneiras? Que peneiras, “seu” Lico?

- A primeira é a da VERDADE. Tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?

- Não, como posso? O que sei foi o que me contaram, mas eu acho que...

- Então sua história já vazou na primeira peneira.

 - Vamos à segunda que é a da BONDADE. O que vai me contar é alguma coisa que gostaria que os outros dissessem a seu respeito?

 - Claro que não! Deus me livre!

- Então, essa história vazou na segunda peneira. Vamos ver na terceira que é a da NECESSIDADE. A senhora acha mesmo necessário contar-me esse fato ou mesmo passá-lo adiante?

- Não, chefe. Passando nestas três peneiras vi que não sobrou nada mesmo do que eu ia lhe contar.

Já pensaram como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem sempre essas três peneiras? Da próxima vez que surgir um boato por aí, passem-no nas três peneiras antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante.


In: Bons Modos, Afabilidade e Cortesia. Um livro de Susana Alamy

(encomende seu exemplar: 31998181779


 

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